A MALDADE HUMANA
A MALDADE HUMANA
Sempre que leio a Bíblia me deparo com passagens que parecem que foram feitas para mim.
Um versículo do Evangelho de S. Mateus nos chama atenção e tem um grande significado para nossa vida. É o seguinte: “Tira 1º a trave do teu olho e estará apto para enxergar o argueiro no olho do vizinho.”Veremos que os nossos erros são muitos maiores do que o do próximo.
Quantas vezes
lamentamos e choramos ao comentar a maldade das pessoas, acontecimentos que
mostram a maldade de pessoas de outros países, como o que aconteceu na 2ª
guerra mundial que as pessoas foram mortas nas câmaras de gás, e nos campos de
concentração.
No nosso pais já
aconteceu o mesmo nos manicômios espalhados pelo Brasil e foram chamados
fábrica de loucos. Tudo acontecia com a conivência das autoridades. Muitas
vidas foram ceifadas. O crime daquelas
pessoas era apenas ter a sorte de adentrarem àquelas casas, responsáveis pela
prática de todos os crimes possíveis.
Muitos manicômios
mostraram ao mundo que os objetivos de cuidar e curar doentes mentais
transformaram-se em verdadeiros holocaustos.
Um dos manicômios
famosos (O Colônia), que escondia a
sua monstruosidade no trato que davam aos doentes que ou enlouqueciam de vez ou
só saiam dali para as covas rasas.
Fomos incapazes de
mostrar ao mundo o que aconteceu entre paredes nos manicômios espalhados pelo
Brasil e que foram chamados de fábrica de loucos, muitos eram famosos,
mostravam que o objetivo de cuidar e curar doentes mentais, transformaram-se em
verdadeiro holocaustos.
“O Colônia” o manicômio
mais famoso, localizava em Minas Gerais, escondia sua monstruosidade através
das pessoas que estavam ali não para cuidar e sim para enlouquecer ou matar... funcionava
nos moldes da 2ª guerra mundial. Lá
acontecia o que não podíamos imaginar.
As pessoas que tinham a
infelicidade de chegar lá só saiam para as covas rasas, os doentes como eram
chamados as pessoas que incomodavam, como: mulheres cujos maridos queriam se
livrar delas porque o lugar delas já eram ocupadas pelas amantes, doentes indesejáveis,
moças que perderam a virgindade antes do casamento e assim “viviam os doentes”
entrando ali nunca mais saiam... Vinham de toda parte, de trens, ônibus, de
carro e nunca mais recebia uma visita dos familiares.
Quando chegavam eram saqueados nas suas roupas, nos
acessórios, nos calçados e na identidade, recebiam um apelido, andavam nus,
dormiam no chão, as vezes ao relento recebiam choques tão fortes que abalava a
rede elétrica, muitos só saíram dali mortos.
No “Colônia” morreram mais de sessenta mil pessoas.
Quando descobriram uma fonte de ganhar dinheiro, vendiam os corpos para as universidades
até que elas estavam repletas de cadáveres e não compravam mais.
Depois da escassez da
venda dos corpos descobriram a venda dos ossos e foi aí que se valeram do
ácido.
A maldade era tão
grande que as grávidas se valiam do cocô para passar em suas barrigas para
afastarem os malfeitores.
Quando davam a luz as
mães viam os seus filhos serem tirados dos seus braços e deles nunca mais
tinham notícias.
Graças a Deus os
manicômios tiveram suas portas fechadas, mas com elas os sonhos e a esperança
de muitos brasileiros destruídos.
O que escrevi, li no
livro Holocausto Brasileiro, da autora, Jornalista Daniela Arbex, pessoa
a quem devemos os esclarecimentos daquilo que nunca pensamos ser praticados por
brasileiros contra brasileiros. Se essa história
não fosse contada por uma pessoa idônea, era difícil se acreditar, pois
refletindo verificamos que o ser humano é capaz de cometer toda as atrocidades para
satisfazes mentes doentias.
Não sou testemunha
ocular mas li essa história em livros e vivenciei através de fotografias.
Adalgisa Nolêto Perna
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