ROMÃOZINHO
Imagem retirada da internet |
ROMÃOZINHO
Vovó, conte uma
história, daquelas que a senhora sabe e que gostamos tanto, assim pediu o neto
de D. Almerinda.
Vou contar uma, mas peço
que prestem muita atenção e não se impressionem com o que vou contar: a
história passou-se em um povoado chamado Boa Sorte.
Em uma tarde
ensolarada, apareceu um animalzinho esquisito, cheio de mistérios, pois uma
hora parecia com macaco, outra com um quati e às vezes com um animal
desconhecido. Era estranho, pois aparecia e desaparecia sem deixar rastros, era
misterioso e fazia a festa da criançada.
Assim que o animalzinho
começou a aparecer recebeu o nome de Romãozinho não se deixava apanhar mesmo
tendo a aparência de inofensivo.
Coisas estranhas
aconteciam naquele povoado. Algumas famílias sentiram de perto os efeitos
daquela temporada sinistra. Pessoas daquela família já não dormiam, não se
alimentavam e eram acometidas de doenças desconhecidas. Não se alimentavam porque
as panelas mesmo cobertas e no fogão estavam sempre cheias de terra. Quando alguém
fazia farinha não era aproveitada porque já saia do forno cheia de sujeiras.
Muitos habitantes de
Boa Sorte deitavam bons e amanheciam doentes, sem ao menos condições de saírem das
camas, os corpos dessas pessoas doíam tanto e elas falavam que tinham sonhado
servindo de cavalos para outras pessoas e que tinham nos corpos sinais das esporas dos cavaleiros, apanhavam para
galoparem que os pés estavam feridos e muito doloridos.
Aquelas pessoas simples
sofreram tanto que resolvem ir a uma cidade distante pedir ao Bispo que
mandasse alguém para exorcizar as pessoas que eram vitimas daquele grande
sofrimento.
O Bispo mandou um padre
com poderes para ajudar aquele povo sofrido.
Depois que o padre
chegou e que a população foi convocada para rezar todos os dias pedindo a Deus
a resolução daquele problema, os acontecimentos foram diminuído até pararem por completo e todos puderam viver em
paz.
Romãozinho desapareceu como tinha vindo, como por encanto.
Adalgisa Nolêto Perna
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